Bayern quer atmosfera capaz de combater aura do Real Madrid

Primeira mão das meias-finais da Champions discute-se nesta terça-feira em Munique, com várias dúvidas na equipa da casa.

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Momento do treino do Bayern Munique, antes do jogo com o Real Madrid ANNA SZILAGYI / EPA
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Há precisamente dez anos, o Bayern recebeu o Real Madrid, em Munique, na segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões e foi atropelado (0-4). O treinador dos espanhóis era Carlo Ancelotti e é ele quem vai estar novamente no banco dos “merengues” logo à noite (20h, Eleven), quando as duas equipas se reencontrarem na primeira mão da eliminatória. Esta curiosidade serve para atestar a incrível aura do Real na Champions, uma força que os bávaros querem combater.

Thomas Tuchel sabe quão íngreme é a montanha que o Bayern terá de escalar para chegar à final. Ontem, o treinador dos alemães abordou o padrão de jogo do Real (“Uma mistura de um meio-campo em losango e em quadrado, com dois médios de contenção e dois mais ofensivos”), pediu o apoio do público no Allianz Arena (“Precisamos de uma atmosfera incrível, que nos dê alguma vantagem”) e assumiu que a Champions é o habitat natural do adversário — ou não fossem os “merengues” recordistas de troféus.

“Quando jogamos contra o Real Madrid, jogamos também contra a sua aura, a lenda que os rodeia. Temos de concentrar-nos apenas no jogo”, alertou, deixando no ar a dúvida sobre a condição de nomes importantes como Konrad Laimer, De Ligt, Upamecano, Musiala e Sané — só hoje saberemos se estarão a 100%.

Do lado do Real, Carlo Ancelotti reconhece a máquina competitiva que tem em mãos e assume-o com frontalidade. “O peso da camisola conta muito nesta competição. Nunca se desvaloriza o Real Madrid nesta prova. Sentimos muito respeito por parte de toda a gente”.

Nesta edição da Champions, uma vez mais, tem feito por merecê-lo. Ainda não perdeu um único jogo (mesmo que tenha sentido dificuldades inesperadas diante do RB Leipzig), afastou o Manchester City na ronda anterior e está a uma eliminatória de atingir a 18.ª final da sua história. Ainda assim, o técnico italiano afasta a ideia de favoritismo: “Temos de ter em conta a qualidade e a história do Bayern”.

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